Educação
Rematrículas da rede estadual de ensino estão abertas
Dia 05/11/2024
A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) abriu na segunda-feira (4) o prazo para rematrícula dos alunos que já estudam na rede estadual. O processo é totalmente online. A novidade deste ano é que os alunos das redes municipais também podem fazer matrículas pela internet usando o mesmo sistema, já que a pasta abriu o acesso também para os municípios. Até o momento 78 municípios aderiram ao uso do sistema – 19,5% do total de 399 cidades paranaenses.
Na rede estadual, o prazo para rematrículas segue aberto até o dia 12. O processo pode ser realizado pela Área do Aluno. A expectativa da Secretaria é de que aproximadamente 1 milhão de estudantes confirmem suas matrículas para garantir a continuidade dos estudos em uma das 2.091 escolas do Estado. Na rede municipal, quando os pais ou responsável acessam o site e informam a escola e a série da criança, automaticamente já é direcionado para o município de residência.
PERÍODO DE MATRÍCULA INICIAL – Após o término do período de rematrículas, o sistema estará aberto para novas matrículas, a partir do dia 13 de novembro, e se estenderá até 29 de novembro. Estima-se que esse processo atenda alunos que irão ingressar no 6º ano do Ensino Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio, além daqueles que estão mudando de escola ou vindo de outros estados ou da rede particular.
Para efetivação da matrícula, serão necessários documentos como RG, CPF, comprovante de residência e histórico escolar. Para os alunos em rematrícula, a documentação obrigatória deverá ser apresentada a partir de 2 de janeiro de 2025. O período letivo de 2025 está previsto para começar em 5 de fevereiro.
A Seed-PR orienta que, em caso de dificuldades, como a falta de acesso à internet, o procedimento pode ser realizado na escola estadual mais próxima. Para mais informações, os pais e responsáveis podem entrar em contato com o Núcleo Regional de Educação por meio dos canais de atendimento disponíveis.
A Secretaria reforça a importância de realizar o processo de matrícula ou rematrícula dentro do prazo estabelecido, garantindo assim a continuidade dos estudos e o acesso a uma educação pública de qualidade para todos os alunos do Paraná.
Confira como fazer a rematrícula e matrícula online AQUI
Celular em sala desafia dia a dia de professores
Dia 15/10/2024
“Alguém ficou com alguma dúvida?”, “Gostaria de acrescentar algo?”, “Querem que eu retome alguma ideia?”. O silêncio que atravessa a sala de aula, durante e depois dessas perguntas comuns, costuma funcionar como um banho de água fria para o professor.
Ao virar da lousa em direção aos alunos, para entender o silêncio daquele momento, o professor descobre que os alunos já largaram os cadernos e estão com os celulares nas mãos, já em outro mundo.
Neste Dia dos Professores (15), é possível que muitos profissionais quisessem de presente uma receita para resolver essa questão e ter uma rotina e interação mais saudável com os alunos.
Pesquisadores em educação consideram que o uso de celulares em sala é, de fato, um dos maiores desafios para melhorar as aulas. E fazem um alerta: é preciso haver condições e oferecer capacitação aos docentes para isso.
Para o professor Gilberto Lacerda dos Santos, do Departamento de Educação da Universidade de Brasília (UnB), essa atividade profissional atua entre dois ritmos: olhar para trás e garantir os saberes acumulados, mas com a necessidade também de olhar para frente, e integrar as tecnologias recentes de forma sedutora.
Formação
Lacerda dos Santos entende que a chave para essa questão pode estar na formação inicial e educação continuada que deve ser oferecida aos professores diante de tantos desafios.
Por isso, ele defende políticas públicas que garantam essa formação e apoio: “a sala de aula não pode estar desconectada dos nossos dias. Os professores precisam ser valorizados. Eles representam o cartão de visitas de uma instituição de ensino. São os profissionais que vão formar os cidadãos”.
O professor da UnB é pesquisador visitante em Paris, no Museu de História Natural da França, onde estuda o desenvolvimento de tecnologias educativas para educação dos professores. Ele testemunha que os desafios no Brasil são semelhantes aos da Europa em relação ao uso de tecnologias em sala de aula. “Aqui se considera a docência uma carreira de Estado, como a dos militares, diplomatas e funcionários públicos”.
Epidemia
Para o pesquisador Fábio Campos, do Laboratório de Aprendizagens Transformadoras com Tecnologia, da Universidade de Columbia (EUA), a presença do celular em sala de aula é desafiadora.
Ele lamenta que seja necessário uma lei de proibição. O pesquisador identifica um movimento mundial recomendando o não uso do aparelho em vista também dos problemas crescentes de saúde mental, como ansiedade e depressão. “Por mais que eu ache que é um fracasso social, a gente tem que proibir”.
Fábio Campos defende que o assunto precisa ser mais discutido e aperfeiçoado. “A gente passou por uma pandemia em que todo mundo teve que recorrer às tecnologias digitais para ter algum tipo de experiência de aprendizagem. E mesmo depois disso tudo, o Brasil não investe em ter uma política nacional de uso da tecnologia na educação. É triste”.
Riscos
Em agosto deste ano, a última pesquisa TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostrou que seis em cada dez escolas de ensino fundamental e médio adotam regras para uso do telefone celular pelos alunos, permitindo que o aparelho seja usado apenas em determinados espaços e horários. Em 28% das instituições educacionais, o uso do dispositivo pelos estudantes é proibido.
Em 2023, a Unesco divulgou o Relatório de Monitoramento Global da Educação que discutiu o papel das tecnologias e os malefícios de exposições prolongadas a telas.
Projeto entre empresas e escolas públicas do PR é aprovado em primeira votação
Dia 04/06/2024
Depois de ter sido suspensa por volta das 15h, a votação do programa Parceiro na Escola, que autoriza a realização de parcerias de empresas privadas para a gestão administrativa de escolas da rede pública estadual foi realizada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Apesar das críticas da oposição, o projeto foi aprovado em primeira discussão na segunda-feira (3) e volta ao plenário da casa na terça-feira (4).
A sessão havia sido suspensa após uma invasão ao prédio da assembleia, e foi reiniciada depois das 17h com parte dos deputados no plenário da Alep, majoritariamente da bancada de oposição, e parte de forma online. Sem a realização dos discursos de pequeno e grande expediente, toda a pauta prevista foi derrubada restando apenas o projeto do programa Parceiro na Escola.
Antes de colocar o projeto em votação, o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano (PSD), abriu análise para um requerimento apresentado pela oposição para que o projeto fosse adiado por uma sessão. Em votação nominal, o requerimento foi rejeitado por 39 votos a 11.
Oposição criticou duramente o projeto; bancada pró-governo não discursou
No encaminhamento dos votos, deputados de oposição criticaram duramente o projeto. A deputada Ana Júlia (PT) destacou que as mudanças previstas no texto têm potencial de impactar diretamente aspectos pedagógicos das escolas que aderirem ao programa. “Não há uma desassociação entre os setores financeiro, administrativo e pedagógico na educação. Isso é integrado”, disse.
A deputada Mabel Canto (PSDB) apontou a falta de discussão do projeto com a sociedade e a comunidade escolar. “Como é que a gente vota um projeto aqui se os maiores interessados não foram ouvidos? Não fizeram parte de discussão alguma. O problema não é votar correndo aqui dentro da Alep. O problema é não ouvir essas pessoas lá fora”, afirmou.
O deputado Arilson Chiorato (PT), por sua vez, apontou o que identificou como inconstitucionalidades do projeto. Segundo ele, projetos como o Parceiro na Escola não estão previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
“Não está nem nunca esteve na LDB a terceirização da gestão administrativa e financeira das escolas. A ‘venda’ das escolas públicas, se aprovada aqui pode gerar insegurança jurídica e margem para erros de repasses financeiros. Não culpem o Lula, mas ao aprovar essa lei o bloqueio do Fundeb passa a ser coisa imediata”, destacou, afirmando que vai recorrer ò STF contra o projeto.
Os deputados favoráveis ao projeto não se manifestaram, e em nova votação nominal o projeto foi aprovado em primeira discussão por 39 votos a 12. O texto volta ao plenário da Alep em segunda discussão nesta terça-feira (4).
Educação à venda no Paraná
Dia 27/05/2024
O governo de Ratinho Jr. fez um piloto da terceirização nos colégios estaduais Anibal Khury Neto e Anita Canet, de Curitiba e São José dos Pinhais respectivamente. Agora, o governador pretende ampliar o projeto para outras unidades de ensino.
A proposta deve chegar à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para ser votada nesta semana. Na Alep, a maioria dos deputados estaduais apoia Ratinho Jr., um indicativo de que o projeto pode ser aprovado.
Enquanto isso, o Sindicato dos Trabalhadores em Escola Pública do Paraná (APP-Sindicato) mobiliza a construção da paralisação com a criação de comandos regionais de greve, trabalho de base e acompanhamento das sessões na Alep.
Se de um lado, Ratinho Jr. defende o projeto prevendo a terceirização ao justificar que os diretores podem passar a se concentrar mais na parte pedagógica e menos na questão burocrática. Por outro lado, os professores lutam pela garantia de uma escola pública, gratuita, laica e de qualidade para todos.
Programa Parceiro da Escola
O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, semelhante ao que ocorreu com o processo de aprovação dos colégios cívico-militares.
A consulta deve ocorrer em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando a diminuição da evasão escolar e melhor desempenho dos estudantes no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
As empresas privadas terão a responsabilidade de cuidar da merenda, internet, segurança, infraestrutura, contratação de professores temporários e pessoal de limpeza, mediante o cumprimento de metas e sem aumento dos custos atuais para o Estado.
Segundo o governo, os professores efetivos continuarão nas escolas normalmente, mas, caso não queiram fazer parte do novo modelo, poderão solicitar a transferência para outra instituição da rede estadual. Já docentes e funcionários temporários serão contratados pelas empresas parceiras via CLT.
Deputada aciona promotoria para evitar fechamento de Escolas do Campo
Dia 05/03/2024
A líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar, deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) enviou ofício ao promotor de justiça de Laranjeiras do Sul, Bruno Rinaldin, para pedir que a Escola Itinerante Herdeiros do Saber I e II dos municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Nova Laranjeira não sejam fechadas.
Na 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Laranjeiras do Sul, estão em andamento dois procedimentos administrativos (MPPR 0076.22.000583-9 e MPPR 0076.22.000567-2) que solicitam informações sobre a possibilidade de realocação dos estudantes para outras escolas.
“A possibilidade do fechamento das escolas, além de acarretar o deslocamento desnecessário dos estudantes para outras comunidades, trará impactos negativos na memória coletiva desta comunidade. Alunos e seus familiares estão muito preocupados.”, diz Luciana.
A Escola Itinerante Herdeiros do Saber iniciou suas atividades em setembro de 2014, logo após a ocupação na Fazenda Pinhal Ralo, com mais de duas mil famílias. A escola surgiu da necessidade de garantir o acesso à educação das famílias acampadas. Em 2018, com o avanço da implementação do assentamento Ireno Alves dos Santos, a escola também ganhou novas instalações a partir da construção coletiva custeada e realizada exclusivamente pelas famílias.
Desde então, a escola está em pleno funcionamento, atendendo cerca de 480 estudantes, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e Profissional, além de três turmas do Curso de Formação Docente de Nível Médio. Há, ainda, projeto de abertura de um Curso Técnico em Agroecologia.
Lei Federal
A educação do campo é um direito dos estudantes e das famílias agricultoras, conforme previsto na Lei Federal 9394/1996, que institui as Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O artigo 28 da lei determina que a oferta da educação básica para as comunidades rurais deverá promover as adaptações necessárias para cada região.
A LDB reconhece que as comunidades do campo possuem uma cultura própria que traduz sua identidade histórica. Os processos de aprendizagem devem ser baseados em pedagogia integradora que reflita sua realidade social, econômica, política cultural, de gênero, geração e de etnia.
A educação do campo também é amplamente regulamentada pelas Resoluções do Ministério da Educação, dentre elas a Resolução CNE/CEB n° 01, de 3 de abril de 2002 e pela Resolução nº 2 de 28 de abril de 2008. Tais dispositivos, além de garantirem o direito à educação formal para as comunidades rurais, instituem legalmente toda a singularidade da pedagogia de ensino para as escolas do campo.
Inscrições para Concurso Público do Paraná estão abertas
Dia 05/02/2024
Começou nesta segunda-feira (5) o período de inscrições para o concurso público do Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE) do Governo do Paraná.
São 253 vagas em diversas áreas, com salários iniciais que variam de R$ 4.231,60 a R$ 7.616,88.
Veja vagas abaixo.
As inscrições abrem às 9h e podem ser feitas até 7 de março. Segundo o edital, há reserva de vagas para afrodescendentes e pessoas com deficiência.
A taxa de inscrição custa R$ 90 ou R$ 130, a depender do cargo que o candidato escolher. Os que se encaixam nos critérios do edital, poderão realizar o pedido de isenção da taxa até 9 de fevereiro.
Das vagas, 203 serão destinadas a candidatos com formação de nível superior e 60 para nível médio e técnico.
Nível superior (203 vagas)
Administrador;
Analista de Procuradoria;
Assistente Social;
Bibliotecário;
Comunicador Social;
Contador;
Desenhista Industrial Gráfico;
Economista;
Engenheiro Ambiental;
Engenheiro Cartógrafo;
Engenheiro Civil;
Engenheiro de Pesca;
Engenheiro de Segurança do Trabalho;
Engenheiro;
Eletricista;
Engenheiro Mecânico;
Estatístico;
Médico;
Nutricionista;
Pedagogo;
Profissional de Tecnologia da Informação;
Psicólogo;
Terapeuta Ocupacional
Nível médio/técnico (50 vagas)
Fiscal de Meio Ambiente;
Fiscal Metrológico;
Técnico de Enfermagem;
Técnico de Laboratório;
Técnico de Manejo e Meio Ambiente;
Técnico de Segurança do Trabalho
Provas
Conforme o edital, a seleção será feita por meio de uma prova objetiva e uma avaliação médica. A prova está prevista para ocorrer no dia 14 de abril, em seis cidades: Curitiba, Cascavel, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina e Umuarama.
O concurso terá a validade de dois anos, podendo ser prorrogável por mais dois anos.
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